Após a morte de Moisés, Deus levantou Josué para conduzir o povo para tomar posse da Terra Prometida.

“Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes; porque o SENHOR, teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” (Josué 1.9)

Nesta semana, mais precisamente na terça-feira (12), no calendário gregoriano, foi à data que Moisés teria enviado doze homens para espiar a Terra Prometida, segundo a tradição judaica. Esta data corresponde a 29 de Sivan, no calendário judaico.

Em Números 13.1 – 32, a Palavra de Deus diz que Moisés enviou doze espias para Canaã, com o objetivo de buscar informações sobre aquelas terras, que deveriam ser ocupadas pelos israelitas. Cada um daqueles homens seria um representante das tribos de Israel e deveriam trazer informações relevantes para o povo.

O Senhor disse a Moisés:

“Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada qual maioral entre eles” (Números 13.2).

Aquele povo havia deixado à escravidão do Egito atravessando o deserto, até se depararem com as terras que um dia pertenceram ao patriarca Abraão. Diante das terras, eles deveriam enviar doze homens do acampamento em Parã, na fronteira com Canaã, para trazer notícias sobre os moradores da região.

Os espias deveriam espiar do alto do Neguebe, no sul, entrando pelas montanhas do norte (Números 13.17), conforme orientação de Moisés, com a missão de trazer informações sobre a força daquele povo, a fertilidade das terras e a fortificação das cidades, como também deveriam trazer amostras do fruto da terra (Números 13.18 – 20).

Moisés foi quem instruiu cada passo que aqueles homens deveriam dar, o que era necessário saber e como os espias poderiam entrar na Terra Prometida. Essas decisões eram fundamentais para a segurança daqueles que trariam as informações necessárias sobre a região que deveria ser ocupada pelos israelitas.

A sábia liderança de Moisés pode servir como exemplo para aqueles que almejam assumir novas responsabilidades, pois ele nos ensina que primeiro devemos nos informar a respeito daquilo que queremos conquistar e depois precisamos planejar cada passo que devemos dar em direção a esta conquista.

Os homens enviados por Moisés passaram quarenta dias espiando a terra, visitando secretamente suas cidades e explorando a fertilidade de toda aquela região. Eles retornaram ao acampamento carregando frutos que colheram durante os dias que estiveram espirando a Terra Prometida (Números 13.26).

Diante de toda a congregação os espias apresentaram aqueles frutos, deram muitos bons motivos para o povo querer possuir aquela terra, falaram sobre todas as coisas que viram naquele lugar, sobre a fertilidade do solo, assim como das belas paisagens que puderam ver. Era um relatório extremamente positivo.

A Bíblia diz:

“E contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto” (Números 13.27).

Esse era um relato muito positivo para o povo que havia passado pelo deserto, pois finalmente estavam diante da promessa de Deus.

Porém, ao falar das boas dádivas que esperavam por aqueles que haviam de herdar a terra, os espias também revelaram a força do povo que já habitava na região. Segundo os espias, o povo era forte, bem preparado para a guerra e, em seu meio, havia gigantes (Números 13.28).

Os israelitas já haviam tomado conhecimento sobre as riquezas da terra, sendo que tudo parecia de acordo com aquilo que o Senhor lhes prometeu. Canaã era de fato rica e fértil. Deus havia prometido que aquelas terras seriam deles, mas os espias começaram então a dar motivos para não acreditarem na promessa.

Sempre que estamos diante de uma promessa de Deus, pessoas podem ser usadas para nos desanimar, criando dúvidas sobre aquilo que foi prometido para nossas vidas. Porém, devemos guardar nossa confiança e ignorar as dúvidas que satanás levanta sobre as promessas.

Como diz a Palavra de Deus:

“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” (Números 23.19).

O povo ouviu as boas promessas que Deus havia feito e percebeu que estavam realmente em um lugar de grande prosperidade. Os espias haviam dado vários motivos para continuarem confiando na promessa, mas os israelitas agora estavam sendo derrotados pelo medo.

Porém, em meio aos doze espias, havia dois corajosos, chamados Josué e Calebe, pois Deus sempre levanta homens de valor para confrontar o inimigo quando necessário. Calebe não teve medo de dar a sua opinião, mesmo sabendo que a maioria do povo já se mostrava contrário a ele.

“Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela” (Números 13.30). Aquelas foram palavras corajosas, mas que não mudaram a opinião dos outros espias.

A Bíblia diz que os outros dez espias continuaram a incitar o povo contra Moisés, dizendo que naquelas terras haviam cidades fortificadas, descendentes de Anaque, que eram homens de grande força e estatura (Deuteronômio 9.2) e infamaram a terra que tinham espiado (Números 13.32).

Aquela narrativa negativa levou o povo a murmurar contra Moisés, lamentando por ter deixado o Egito. Eles se levantaram contra o seu líder, proferindo palavras duras, questionando a promessa de Deus e fazendo projeções obscuras sobre o futuro. O povo permitiu que os problemas ofuscassem as bênçãos que eles receberiam do Senhor.

E por causa daquela atitude, porque murmuraram contra a promessa, Deus levou aquela geração a peregrinar por mais quarenta anos no deserto, não permitindo que eles entrassem na Terra Prometida, se não Josué e Calebe.

Josué veio a se tornar líder no lugar de Moisés, que morreu diante do Senhor. Então, conforme no texto em epígrafe, Deus ordenou a ele que atravessasse o Jordão e tomasse posse da promessa. Josué então envia dois espias a Jericó (Josué 2.1) e inicia a tomada do lugar da promessa.

Por Joel Engel, pastor, líder do Ministério Engel, em Santa Maria (RS) e fundador do Projeto Daniel, que ajuda crianças órfãs em países da África.